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O que há tempos assistimos nas eleições presidenciais, não é uma disputa entre partidos e candidatos, é Globo x Lula

 


Como todos sabem, a Rede Globo nasceu do ventre da ditadura da qual ela se transformou na grande propagandista, assim como foi contra as Diretas Já. Ou seja, submissão total aos interesses da oligarquia e do grande capital internacional, sobretudo dos EUA, sempre foi fato indispensável para o bom desempenho financeiro dos Marinho.

Por isso não há qualquer estranhamento no fato da Globo voltar a atacar Lula, como fez dias atrás.

A mídia tem Lula como vidraça, mas não é de agora, ao contrário, é só passar os olhos na história da redemocratização para mostrar que, desde Collor, Lula sempre enfrentou o candidato da Globo.

Perdeu para Collor e para Fernando Henrique, mas desde então não perdeu mais.

Começa aí a campanha de ódio da Globo contra Lula e o PT, na farsa do mensalão e, em seguida, o uso do judiciário vira moda para os Marinho e eles lançam algo ainda mais ousado, um folhetim policial com o nome de Lava Jato, onde o juiz do caso é levado a herói nacional pela emissora, que derrubou Dilma e prendeu Lula para que Bolsonaro saísse vitorioso e Moro fosse ministro dando início a sua carreira política para, em 2022, ser candidato à presidência da República.

O roteiro é muito claro, os objetivos, idem, o que torna impossível não reconhecer que todas as ações da Globo resumem-se em tirar direitos e salários dos trabalhadores e, sobretudo tirar os pobres e os miseráveis do orçamento do Estado. Nem as sopas características das filantropias da oligarquia a Globo deixou como herança, nem um grão de arroz para nenhuma criança pobre, nem um telhado sequer para o pobre dispor de uma moradia minimamente digna.

Nada disso deve passar no cerco conservador. Tudo deve ser profundamente examinado e fulminantemente destruído se for para atender às camadas mais pobres da população.

O Brasil, para os Marinho, será sempre o país de cima para baixo.

Assim, qualquer candidato que se apresente como possível adversário de Lula, terá que, particularmente, dirigir-se ao confessionário da Globo, ajoelhar-se, noivar, casar e, sobretudo jurar fidelidade não só à elite econômica do Brasil, como também gabar-se da quantidade de pobres e miseráveis que produziu.

Isso foi feito com os militares, com Sarney, com Collor, Fernando Henrique, Temer e, agora, com Bolsonaro.

Nenhum tijolo deve ser assentado para a moradia de pobre, mais que isso, tem que cortar recursos da saúde e da educação, do chamado teto de gastos, para garantir o massacre dos mais pobres, seja pela doença, seja pela falta de oportunidade.

Mas lembre sempre, em cada disputa eleitoral com Lula tem apenas um pedacinho do candidato, o resto é Globo com o apoio de congêneres, Folha, Estadão, Veja e etc.

Em última análise, o que temos de fato é, de um lado, a maior corporação de comunicação representando os interesses de tudo o que se refere à classe dominante e, de outro lado, um partido político, o Partido dos Trabalhadores, dos pobres, dos pretos, das mulheres, das minorias, tendo Lula como resultado de um filão de ideias desse universo e, consequentemente, traz com ele hoje uma representação política de massa muito maior do que a própria gigante da comunicação.

Afinal, a Globo coleciona derrotas eleitorais para Lula. Daí que, assim como não se limitou na sua campanha de ódio contra o PT nos últimos 20 anos, não economizará centavo para dobrar a aposta nessa mesma linha, mesmo que, para isso, mergulhe de cabeça na campanha do genocida fascista que produziu, além de todo o estado de corrupção do país, um morticínio com mais de 613 mil mortos.

Em síntese, é este o cardápio político do Brasil nas últimas duas décadas.




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