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Ex-presidente do Banco Central na ditadura militar será conselheiro de Moro

 


Affonso Celso Pastore presidiu Bacen no governo Figueiredo, e assessora ex-juiz em relação à macroeconomia.

O ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore é um dos conselheiros do ex-juiz Sergio Moro, autoproclamado candidato à Presidência da República.

“É um dos melhores nomes do país”, afirmou Moro durante entrevista ao programa Conversa com o Bial.

A publicação destaca que Pastore integra um grupo reunido pelo ex-ministro do governo Bolsonaro para debater os rumos econômicos, sendo que o ex-presidente do BC é responsável pela macroeconomia.

Formado em economia pela Universidade de São Paulo, com doutorado na mesma universidade, Affonso Celso Pastore foi um dos alunos do economista e ex-ministro Delfim Netto, os chamados Delfim Boys.

Cargos públicos na ditadura

O economista também ocupou cargos administrativos durante a ditadura militar: foi secretário dos Negócios da Fazenda de São Paulo de 1979 a 1983, durante o governo José Maria Marin.

Em janeiro de 1983, Pastore eximiu-se de responder pelo estouro no orçamento do estado causado pelos gastos da Paulipetro, e em março, deixou a Secretaria da Fazenda.

Em seguida, Pastore foi convidado por Delfim – então ministro do Planejamento do governo Figueiredo – para ser presidente do Banco Central do Brasil, cargo que aceitou e exerceu durante os dois anos seguintes de ditadura militar no país.

Além disso, foi na gestão de Pastore à frente do BC que o Brasil viu a inflação disparar: ao final do regime militar, a média da inflação anual era de 69,89% ao ano, chegando ao pico de 235% em 1985.

“As causas da hiperinflação no país costumam ser relacionadas ao aumento dos gastos públicos durante o governo militar e pela elevação do endividamento externo, agravado pela crise mundial derivada do aumento dos preços do petróleo e pela retração na taxa de expansão da economia”, aponta reportagem do portal G1.

Por conta da inflação descontrolada, o governo Sarney instituiu o Plano Cruzado, com congelamento de preços, o corte de três zeros na moeda e a troca do Cruzeiro pelo Cruzado como moeda vigente.

 

*Com informações do GGN

 


 

 

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