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Canais de fake news seguem alicerçando a cadeira de Bolsonaro em redes alternativas

 


Blogueiros alvos de ações do TSE e STF por desinformar seguidores usam plataformas fora do alcance da Justiça para dar continuidade ao mesmo processo de mentiras que levou o país à situação em que hoje se encontra

Alguns canais bolsonaristas de blogueiros que concederam a si mesmo a denominação de jornalistas e que são alvos de ações do TSE e STF por desinformação de seus seguidores, estão usando plataformas que estão fora do alcance da Justiça brasileira para, assim, dar continuidade ao mesmo processo de divulgação de mentiras que elegeu Bolsonaro e levou o país para a situação em que hoje se encontra. Eles seguem disseminando fake news em redes alternativas.

Uma decisão do TSE contra a monetização de propagadores de mensagens falsas sobre as eleições atingiu perfis ligados a 11 influenciadores digitais, além três veículos de mídia (Terça Livre, Folha Política e Jornal da Cidade Online) e um movimento político (Nas Ruas). A maior parte dos alvos da decisão pela suspensão de repasses de verbas publicitárias pelas redes sociais já era investigada no STF.

Segundo matéria de Jan Niklas, no Globo, dos influenciadores e páginas bolsonaristas que tiveram repasses financeiros de plataformas como YouTube e Instagram suspensos pelo TSE, pelo menos dez seguem ativos e espalham mentiras, como a teoria de que o STF usou uma perícia forjada no inquérito que apura a existência de uma organização criminosa digital.

Kiklas afirma que o meio preferido é o Telegram, que está fora do alcance da Justiça brasileira, em cuja plataforma há canais que, somados, chegam a ter sete milhões de inscritos no YouTube e um mesmo usuário pode participar de vários deles.

O blogueiro das fake news, principal responsável por alicerçar a cadeira de Bolsonaro, tem encontrado brechas para disseminar notícias falsas e se financiar na internet, mesmo com a baixa das páginas do Terça Livre e do Artigo 220, driblando restrições impostas pela Justiça por meio do Telegram, onde publica dezenas de mensagens. Em uma delas, chegou a elaborar uma tese de que o “narcotráfico manda no Brasil”.

Ele também pede doações por meio do aplicativo e divulga seu novo site, em que vende planos que vão de US$ 10 (R$ 54) até US$ 100 (R$ 542), além de ter voltado a ampliar suas lives em plataformas novas e pouco usadas pelo público, como o GETTR e o CloutHub.

Ainda há o Jornal da Cidade Online, que é acusado pelo TSE de impulsionar notícias falsas sobre fraudes no sistema eletrônico de votação. O canal diz estar sendo vítima de “censura” e pede ajuda a “todos patriotas” por meio de doações via PIX e assinaturas de R$ 9,90.

Outro exemplo é o do blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio, que chegou a ser preso e é investigado no inquérito sobre as “milícias digitais”.

Ele também encontrou refúgio no Telegram, onde divulgou um vídeo chamando seus seguidores para invadir a Praça dos Três Poderes nas manifestações de teor golpista do 7 de Setembro.

*Com informações do Urbs Magna

 


 

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