Novo benefício mira pobres, nordestinos e desempregados, maiores apoiadores de petista, e desaba em 2023 .
O Auxílio Brasil perseguido pelo governo Jair Bolsonaro (sem partido) atingirá de modo focalizado boa parte dos eleitores que hoje não querem reeleger o presidente: os mais pobres, os nordestinos e os desempregados.
Esses três grandes grupos representam até metade dos eleitores e estão entre os que pior avaliam o governo Bolsonaro. Em relação ao presidente, eles também sinalizam quase o triplo de intenções de voto em seu maior adversário em 2022, o petista Luiz Inácio Lula da Silva.
Desenhado para pagar em média R$ 400 mensais a 17 milhões de famílias no ano que vem, o Auxílio Brasil com esse valor ainda depende da aprovação, no Senado, da PEC dos Precatórios, que dá calote em dívidas da União reconhecidas pela Justiça.
Mas, nos planos de Bolsonaro, o programa nesse formato já tem data para acabar: dois meses após o segundo turno de 2022.
Os R$ 400 equivalem a mais que o dobro do valor médio do extinto Bolsa Família. Mas, em 2023, o benefício deve despencar para cerca de R$ 224, valor 17,8% maior que o último pagamento médio do Bolsa Família.
O reajuste recente ficou abaixo da inflação da baixa renda (20,5% pelo INPC) desde julho de 2018, quando o benefício foi atualizado. Ao cair para R$ 224, o valor não cobrirá a inflação até o fim do ano que vem.
"O Auxílio Brasil de R$ 400 no ano eleitoral será retrátil, pois encolherá à frente. É algo inédito em se tratando de benefício que pretende substituir o Bolsa Família", afirma Marcelo Neri, diretor da FGV Social e ex-presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
"O programa foca um público no ano eleitoral que não é o do presidente. A dúvida é se os beneficiários entenderão a ‘pegadinha’ do valor, que cairá pouco depois da eleição."
*Com informações da Folha
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